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sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

Mulheres e suas feridas EMOCIONAIS

 MULHERES E SUAS FERIDAS EMOCIONAIS


Existe, em geral, um longo caminho para busca do equilíbrio emocional para as mulheres que não receberam o devido amor na infância. A falta de afeto pode gerar grandes feridas emocionais e muitas vezes as levam para os braços de relacionamentos abusivos.


A grande maioria destas mulheres se fecham e não buscam ajuda e acabam passando a vida em sofrimento.

Os problemas são diversos e vão desde o desdém até o abuso.


É fato que a forma com que os laços familiares incidem no comportamento destas filhas, irão influenciar diretamente seus relacionamentos afetivos ao longo da vida.


O elo familiar é algo que existe de forma utópica na nossa sociedade. A paternidade e a maternidade, muitas vezes estão longe de ser perfeitas, é fato.

Mães narcisistas, pais sem respeito por suas filhas e famílias com comportamento machista influenciam na vida principalmente das mulheres. 


Venho aqui abordar algumas questões como por exemplo "Como são as relações de casal daquelas mulheres que sofreram deficiências familiares na infância?" Como elas vivem, sentem e lidam com o amor na idade adulta? "


Vejamos a seguir...


As filhas que não recebem o amor e atenção ideias, seguram um peso muito grande para si mesmas. O sofrimento é constante e influencia até o subconsciente.


Estas mulheres quando olham para trás o que vêem é sempre um passado cheio de decepções, vazios profundos e rejeições agudas que deixaram feridas não cicatrizadas. É fato que todo nosso histórico de vida tem participação em quem somos e nossos comportamentos refletem este eu que nos tornamos.


Quando aqueles que tem a responsabilidade de mapear e cunhar nossa infância a tratam com frieza emocional, falta de amor ou mesmo abuso psicológico, é comum que tenhamos uma visão distorcida do mundo.


Atendo muitas pacientes que por exemplo só notam estar em relacionamento abusivo depois de muitas sessões pois elas tem para si como algo natural esta forma de relacionamento.


Como seu único molde de relação com os pais é de desprezo, a chantagem e até a manipulação emocional, acabam se conformando e aceitando nas suas relações estas características.


É muito difícil a ruptura com estes paradigmas. Nas sessões, trabalhamos a partir deste histórico e através do comportamental e busco auxiliar a paciente a entender que o amor autêntico não funciona desta forma venenosa e que deve se buscar sempre algo melhor.


INSEGURANÇA x AFETO


Quando o relacionamento com os pais é algo frágil e fraco e até agressivo negativamente, essas filhas tem um apego emocional com a insegurança pois nunca souberam o que esperar dos pais e o pouco de e atenção que recebem gera a frustração de se apegar a migalhas. E esta falta de atenção, pode vir de ambos mas da figura materna é onde gera maiores danos.


Esta insegurança em relação ao afeto recebido pode gerar alguns padrões na vida destas mulheres. Quais são? 


1) Comportamento afetivo ansioso-preocupado.


Vive em insegurança e ansiedade no dia a dia de seus relacionamentos. Normal é sentir medo de ser abandonada e de que será traída. O ciúme exacerbado faz parte aqui e tambem o medo de perder um relacionamento "perfeito" que na verdade é criado na sua mente de forma utópica.


2) Desdenhoso-evitativo


Como sua experiência emocional é negativa a mulher se torna esquiva em relações homem/mulher. Ela busca não estabelecer conexões para assim poder ter controle de sua vida. Enfim, afasta possiveis relacionamentos positivos para prevenir " problemas futuros".


Muitas vezes aqui há a autosabotagem na qual ela mesmo arranja defeitos em possíveis parceiros amorosos e relações.


É fato que as más experiências familiares na infância faz com que a menina cresça e amadureça com bases que não são verdadeiras.


As ideias errôneas sobre relações criadas a partir de pais narcisistas, abusivos ou da falta de atenção geral as seguintes situações;


1) O amor como transação negativa. O pensamento é o de que se precisa sofrer e aguentar situações específicas para receber atenção e carinho. Mesmo que seja migalhas! Aqui o desprezo, a manipulação são normalizados e tratados como caminho normal no relacionamento.


2) As emoções, sentimentos e necessidades devem ser ocultadas. A mulher enxerga como algo natural sofrer e ter que aguentar sozinha. Desta forma não divide e nem expõem suas opiniões e vontades para seu parceiro pois só importa o que o outro deseja. Aqui muitas vezes a mulher se conforma ao se assumir como a razão no relacionamento e acaba tratando seu par como um filho, ou seja sempre passando a mão na cabeça e aguentando os trancos sozinhas pois o outro não precisa se responsabilizar por nada.


3) O amor deve ser buscado em qualquer lugar. A filha que não vivenciou uma experiência familiar satisfatória acaba desesperadamente buscando vínculos sem pesar sua felicidade. Ela acaba acreditando que vai encontrar no seu relacionamento um cálice sagrado. Essa falta na infância a leva a buscar uma comparação de afeto onde e com quem quer que seja. Assim, muito provavelmente irá criar relacionamentos pautados na necessidade de estar com alguém para ser feliz. O que não é real como já citei.


QUAL CAMINHO A SE SEGUIR?


Se você pertencia a uma família fria, foi negligenciada e até sofreu abuso emocional você muito provavelmente está passando por estas situações que citei.


Antes da busca pelo relacionamento ideal você precisa se conhecer mais. Consertar coisas como seu amor-próprio e sua auto-estima. Como digo para meus pacientes; " Tem que primeiro se colocar acima de todos e se gostar demais para depois se permitir gostar de outras pessoas"


ANTES DE QUALQUER RELACIONAMENTO SUGIRO QUE SE FAÇA AS SEGUINTES PERGUNTAS; 


A) Eu realmente preciso ter um parceiro para ser feliz?


B) O que espero que meus parceiros me ofereçam tem a ver com as deficiências que tive na infância?


C) Qual tem sido, em média, a razão pela qual frequentemente fracasso no amor?


D) O que aprendi com essas experiências?


E) Que visão eu tenho de mim mesmo? Há algo que eu deveria atender ou resolver para me sentir melhor?


F) O que é amor para mim? Essa ideia é saudável, me beneficiou até agora?


G);Eu fiz isso até agora?


E) Se eu pensar na minha infância, que emoções vêm para mim?


Tristeza, raiva, decepção, medo …?


F) Como essas emoções e questões não curadas afetam meus relacionamentos?


Para concluir, é importante estar segura nas suas decisões e se autoconhecer. Na Terapia eu trabalho para ajudar neste conhecimento de si própria e das possibilidades para suas decisões.


Lembre que muitas pessoas esperam algum transtorno para buscar ajuda Psicoterapeutica, mas a maioria dos problemas podem ser resolvidos com a manutenção da saúde mental. Não espere a panela de pressão explodir!


Sou Psicoterapeuta, atendo online e administro a página @depressaoeangustiabrasil 

Faço parte da Associação Brasileira de Psicoterapia Trínica e do Conselho Nacional da Ordem.


Dr Ricardo van der Broocke Campos de Figueiredo

Whatsapp 41 99726-6645