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quarta-feira, 6 de junho de 2012

DALTON TREVISAN - MAIS UM PREMIO - ORGULHO DO PR

Depois do Camões, Dalton Trevisan vence prêmio Machado de Assis

A comenda, considerada o principal da literatura brasileira, pagará R$ 100 mil ao ganhador

Depois de ganhar a maior comenda da literatura portuguesa (o Camões), o escritor curitibano Dalton Trevisan acaba de vencer o Prêmio Machado de Assis. O valor de R$ 100 mil, um diploma e um troféu serão entregues em julho deste ano, mês em que a ABL estará completando 115 anos de fundação.
O segundo prêmio do escritor só este ano, que avalia o conjunto da obra, é da Academia Brasileira de Letras e é considerado o principal da literatura brasileira.
Trevisan, de acordo com o parecer da comissão, conquistou o Prêmio por ser “um dos mais importantes narradores da ficção brasileira contemporânea”.
Ainda segundo o parecer, é “portador de uma linguagem predominantemente interiorizante, porém sensível às movimentações sociais. Desde cedo, se afirmou, sobretudo na história curta, mais especificamente no conto. Trata-se de um contista personalíssimo navegando contra a corrente institucional do conto. Neste sentido, suas “Novelas nada exemplares” são exemplos desse esforço de abertura do gênero”. A comissão destacou, também, “A faca no coração”, “A polaquinha”, “Crimes de Paixão", “O vampiro de Curitiba”, entre outras obras do autor curitibano.
Em 2010 o vencedor foi o filósofo Benedito Nunes. Outros premiados foram: Ferreira Goullar; Autran Dourado; Roberto Cavalcanti de Albuquerque; Antonio Torres; Wilson Martins. A comissão que indicou Dalton Trevisan para o prêmio de 2011 foi formada pelos Acadêmicos Eduardo Portella, Lygia Fagundes Telles, Tarcísio Padilha, Sergio Paulo Rouanet e Geraldo Holanda Cavalcanti.

Prêmio Camões
O jornal português O Público divulgou, nesta quarta-feira(06), trechos da carta de agradecimento pelo Prêmio Camões que Dalton Trevisan enviou ao Secretário de Estado da Cultura português, Francisco José Viegas. Trevisan escreve:
“A consciência de minhas limitações como escritor me proibiu sonhos mais altos. E agora, sem aviso, o Prémio Camões. O prémio dos prémios de Literatura”. E prossegue, sempre no tom característico de sua escrita. “Não mereço, quem sabe. Mais não pude com as forças poucas. Não fosse indomável a língua. Não tivesse o conto mais fim que novo começo”.
Dalton, que não se expressou publicamente sobre o prestigioso prêmio, dá a entender na sua mensagem que não poderá estar presente na sessão de entrega do prémio, cuja data não está ainda agendada. “Os muitos anos, ai de mim, já me impedem de receber pessoalmente o prémio. Perdoe que o faça nestas pobres palavras”.

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