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domingo, 18 de setembro de 2011

Duelo ofensivo opõe Coxa a Leandro Damião

Os dois melhores ataques do Brasileiro estarão em ação no Beira-Rio, mas o Coxa divide as bolas na rede, enquanto o Inter aposta no camisa 9


Coritiba e Internacional, com 39 gols marcados cada, têm os ataques mais positivos do Brasileiro. Os adversários deste domingo (18), às 18 horas, em Porto Alegre, entretanto, diferem muito no modo de balançar a rede. Enquanto o Coxa distribui a artilharia de maneira equilibrada entre zagueiros, meias e avantes, o Colorado concentra 33% dela em um só homem: Leandro Damião.
Entrevista
Leandro Damião, atacante do Inter.
Você é paranaense de Jardim Alegre. Qual é sua relação com o Paraná e com o futebol do estado?
Na verdade dexei o Paraná muito cedo e quase toda minha família mora em São Paulo. Minha vó ainda vive no Paraná e tenho carinho muito grande por ela. Acompanho o futebol paranaense, mas não tenho muitos contatos. Não deu tempo de criar um vínculo grande com o Paraná, pois toda minha infância foi em outro estado.
Você começou a jogar futebol tarde e não teve tanto tempo de aprender os fundamentos. O quanto isso tem influência na sua carreira meteórica?
Tento aproveitar cada treinamento, toda chance que tenho para melhorar, para crescer dentro de campo.
Seu estilo une força e habili­­dade. Isso é seu diferencial?
É difícil se avaliar, deixo para as pessoas que me olham jogar. Busco ajudar da melhor maneira possível o time, seja com gols, passes ou jogadas.
A camisa 9 da seleção não tem dono hoje e você é o postulante mais badalado. Ser titular e referência da seleção é seu sonho?
Tomara que consiga me manter na seleção, sendo lembrado pelo Mano [Menezes, técnico]. É um sonho. Já tive chance de fazer gol contra Gana e vou continuar me esforçando para ser chamado em outras oportunidades.
Você costuma treinar o drible da lambreta?
Não treino tanto o lance, mas às vezes dá tempo para fazer em final de treinamento. É um lance difícil, mas que às vezes é a única alternativa de jogada. Como atacante, tenho que arriscar. Não gosto de prometer se vou fazer. Respeito muito todos adversários e só faço esse tipo de lance se é com a ideia de tentar chegar no gol.
O atacante de 22 anos, atual dono da camisa 9 da seleção brasileira, é o principal temor do técnico alviverde Marcelo Oliveira. Com 13 gols no Nacional, o paranaense de Jardim Alegre se tornou o maior goleador do ano no país, com 40 bolas na rede. Unindo força e técnica, é o grande perigo contra a meta coxa-branca hoje.
“Temos de marcar o Inter como um todo, mas o momento do Damião é muito bom. Ele usa bem o corpo, está em uma fase boa, muito inspirado. É preciso marcação encurtada”, alerta Oliveira, também pedindo atenção com o meia Oscar, vice-artilheiro do time gaúcho na competição, com sete gols. O argentino D’Alessandro, que não jogará por causa de suspensão, tem cinco.
No Alviverde, o centroavante Bill é quem mais marcou na temporada. Foram 23 gols, sete deles no Brasileiro. Marcos Aurélio (seis), An­­derson Aquino (cinco) e Ra­­fi­­nha, Léo Gago, Leonardo e Emerson (três) completam a lista dos principais artilheiros no campeonato. Outros sete jogadores também compareceram, fazendo dessa di­­visão um dos pontos fortes do time.
“O Coritiba tem bola aérea, os zagueiros marcam [gols], os jogadores de meio de campo também. Isso é bom, não sobrecarrega ninguém. Temos de aproveitar”, aponta Oliveira. “O Inter concentra mais no Damião, então é [importante] marcá-lo”, analisa o zagueiro Emerson – que deve ter Luccas Claro novamente a seu lado, pois Jéci voltou a sentir dores no tornozelo.
Coxa e Colorado também lideram outra estatística no Brasileiro: a de faltas cometidas. Os paranaenses fizeram 493 infrações, contra 463 dos gaúchos. Nos cartões amarelos, o Colorado é o primeiro do ranking, com 79, e o Coxa o quinto, com 71.
Apenas Damião já recebeu 58 faltas, e está entre os dez mais caçados do campeonato. “Todos estão acompanhando como ele está em uma fase muito boa. Mas sabemos da nossa qualidade. Ele requer uma atenção maior e vamos fazer isso”, fecha Emerson, um dos principais responsáveis por vigiar o artilheiro do Brasil hoje, mas que também costuma marcar os seus golzinhos na bola parada.

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